“Sinto saudades de tudo que
marcou a minha vida. Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando
escuto uma voz, quando me lembro do passado, eu sinto saudades… Sinto saudades
de amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais falei ou cruzei…
Sinto saudades da minha infância, do meu primeiro amor, do meu segundo, do
terceiro, do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser… Sinto
saudades do presente, que não aproveitei de todo, lembrando do passado e
apostando no futuro… Sinto saudades do futuro, que se idealizado, provavelmente
não será do jeito que eu penso que vai ser… Sinto saudades de quem me deixou e
de quem eu deixei! De quem disse que viria e nem apareceu; de quem apareceu
correndo, sem me conhecer direito, de quem nunca vou ter a oportunidade de
conhecer. Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!
Daqueles que não tiveram como me dizer adeus; de gente que passou na calçada
contrária da minha vida e que só enxerguei de vislumbre! Sinto saudades de
coisas que tive e de outras que não tive mas quis muito ter! Sinto saudades de
coisas que nem sei se existiram. Sinto saudades de coisas sérias, de coisas
hilariantes, de casos, de experiências… Sinto saudades do cachorrinho que eu
tive um dia e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!
Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar! Sinto saudades dos
discos que ouvi e que me fizeram sonhar, Sinto saudades das coisas que vivi e
das que deixei passar, sem curtir na totalidade. Quantas vezes tenho vontade de
encontrar não sei o que… não sei onde… para resgatar alguma coisa que nem sei o
que é e nem onde perdi…”
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Became-insane
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